Skydive 4Fun e Skydive Cerrado em parceria que garantiu o inédito apoio aéreo no Brasil.
Em meados do ano passado, o atleta goiano Messias Ribeiro Neto, 65, conhecido paraquedista que salta há mais de 40 anos, abordou a gestão da Skydive 4Fun, para discutir a viabilidade de um lançamento em ala com um grande número de aeronaves para a realização do recorde brasileiro de FQL com 108 atletas. Naquele preciso momento estava sendo plantada uma semente inédita em nosso país, dando um grande e primeiro passo para realizar algo grandioso em solo brasileiro.
Uma vez tomada a decisão por parte da Skydive4Fun em sinergia com os organizadores e pessoal envolvido em abraçar a ideia e encampar o projeto, teve início o planejamento estratégico de um teatro de operações, onde o inalcançável seria posto à prova. A começar com o principal: colocar nove aviões em ala para lançar mais de uma centena de paraquedistas no nível 200 (18mil pés). Definitivamente não seria tarefa fácil e demandaria um alto nível de planejamento e muito trabalho para que o projeto se concretizasse.
Sonho se tornando realidade
As aeronaves a partir daquele momento inicial, não seria o “problema”, pois temos disponibilidade no país, se juntarmos à Skydive 4Fun, outras iniciativas como a SKC SAE (Skydive Cerrado) e a Fração Taxi Aéreo. A partir daí, o grupo de trabalho passou a discutir, além das aeronaves, o local a se realizar o evento, como viabilizar, por que fazê-lo e se conseguiriam fazer. Em suma: como mobilizar tanta gente em uma operação hercúlea com resultados que teriam de beirar a perfeição para garantir o mais importante: A segurança de todos os envolvidos.
Ao longo dos meses vindouros, depois desse primeiro encontro na sede da Skydive 4Fun com muito brain storm e o compartilhamento de várias experiências pessoais e ideias sensatas e executáveis, foi mobilizando um considerável capital humano da Skydive 4Fun pra seguir com a montagem de um sofisticado quebra cabeças.
Entre as peças, as questões operacionais, a localidade visando logistica, espaço aéreo, esquema para garantir o abastecimento, fornecimento do combustível, capacitação técnica da tripulação, modo operativo, otimização de decolagem, subida, parâmetros de motor… E essas seriam algumas das principais peças. Além de inúmeros outros detalhes que foram surgindo na medida que se desenhava o plano de execução, ao que coube à Skydive4Fun e parceiros.
A grande esquadrilha
Uma das grandes peças – na realidade precisamente nove – eram as aeronaves envolvidas. Desde o começo do planejamento, o maior desafio era pensar em como deslocar tantas aeronaves para um evento pontual, e o que fazer com todas as outras operações rotineiras que, por si só, tem suas próprias peculiaridades, acontecendo simultaneamente aos finais de semana. O desafio era grande!
Com um plano básico e organizado por setores, passou-se a delegar algumas responsabilidades e iniciaram-se os trabalhos de planejamento e antecipação de qualquer revés em inúmeras reuniões ao longo do ano. Assim, aos poucos, o quebra cabeça foi sendo montado peça a peça, e tudo foi ficando mais visível, factível.
Ao longo do processo, diversos voos foram realizados para aprimorar e nivelar conhecimentos e técnicas da tripulação, além de antecipar a revisão de algumas das aeronaves para garantir que não haveria qualquer falha mecânica. Eram nove ao todo para realizar a subida com os 108 atletas e mais cinco câmeras. Falhas não poderiam ocorrer.
Missão cumprida
Foram diversos os desafios listados e depois gerenciados que, ao final, a equipe da Skydive4Fun soube planejar tudo, detalhe a detalhe, até a semana do evento. Assim, ao entregar todo o teatro de operações durante os cinco dias de atividades, com os aviões, pilotos, embarcadores, abastecimento e mais alguns colaboradores em terra, sem dúvida o resultado foi digno dos grandes.
De maneira geral o maior de todos os desafios de fato foi planejar todo o “teatro de operações”, mas só vive a vitória quem suporta o processo.
Foi entregue um voo digno de cinema. E agora? Simples: prontos para o próximo!