Recorde

Teatro de operações

Avatar
Por Ricardo Contel com colaboração de Tiago Satiro “Toddynho”
11/10/2024 às 11:06

Skydive 4Fun e Skydive Cerrado em parceria que garantiu o inédito apoio aéreo no Brasil.

Em meados do ano passado, o atleta goiano Messias Ribeiro Neto, 65, conhecido paraquedista que salta há mais de 40 anos, abordou a gestão da Skydive 4Fun, para discutir a viabilidade de um lançamento em ala com um grande número de aeronaves para a realização do recorde brasileiro de FQL com 108 atletas. Naquele preciso momento estava sendo plantada uma semente inédita em nosso país, dando um grande e primeiro passo para realizar algo grandioso em solo brasileiro.
Uma vez tomada a decisão por parte da Skydive4Fun em sinergia com os organizadores e pessoal envolvido em abraçar a ideia e encampar o projeto, teve início o planejamento estratégico de um teatro de operações, onde o inalcançável seria posto à prova. A começar com o principal: colocar nove aviões em ala para lançar mais de uma centena de paraquedistas no nível 200 (18mil pés). Definitivamente não seria tarefa fácil e demandaria um alto nível de planejamento e muito trabalho para que o projeto se concretizasse.

Sonho se tornando realidade
As aeronaves a partir daquele momento inicial, não seria o “problema”, pois temos disponibilidade no país, se juntarmos à Skydive 4Fun, outras iniciativas como a SKC SAE (Skydive Cerrado) e a Fração Taxi Aéreo. A partir daí, o grupo de trabalho passou a discutir, além das aeronaves, o local a se realizar o evento, como viabilizar, por que fazê-lo e se conseguiriam fazer. Em suma: como mobilizar tanta gente em uma operação hercúlea com resultados que teriam de beirar a perfeição para garantir o mais importante: A segurança de todos os envolvidos.
Ao longo dos meses vindouros, depois desse primeiro encontro na sede da Skydive 4Fun com muito brain storm e o compartilhamento de várias experiências pessoais e ideias sensatas e executáveis, foi mobilizando um considerável capital humano da Skydive 4Fun pra seguir com a montagem de um sofisticado quebra cabeças.
Entre as peças, as questões operacionais, a localidade visando logistica, espaço aéreo, esquema para garantir o abastecimento, fornecimento do combustível, capacitação técnica da tripulação, modo operativo, otimização de decolagem, subida, parâmetros de motor… E essas seriam algumas das principais peças. Além de inúmeros outros detalhes que foram surgindo na medida que se desenhava o plano de execução, ao que coube à Skydive4Fun e parceiros.

A grande esquadrilha
Uma das grandes peças – na realidade precisamente nove – eram as aeronaves envolvidas. Desde o começo do planejamento, o maior desafio era pensar em como deslocar tantas aeronaves para um evento pontual, e o que fazer com todas as outras operações rotineiras que, por si só, tem suas próprias peculiaridades, acontecendo simultaneamente aos finais de semana. O desafio era grande!
Com um plano básico e organizado por setores, passou-se a delegar algumas responsabilidades e iniciaram-se os trabalhos de planejamento e antecipação de qualquer revés em inúmeras reuniões ao longo do ano. Assim, aos poucos, o quebra cabeça foi sendo montado peça a peça, e tudo foi ficando mais visível, factível.
Ao longo do processo, diversos voos foram realizados para aprimorar e nivelar conhecimentos e técnicas da tripulação, além de antecipar a revisão de algumas das aeronaves para garantir que não haveria qualquer falha mecânica. Eram nove ao todo para realizar a subida com os 108 atletas e mais cinco câmeras. Falhas não poderiam ocorrer.

Missão cumprida
Foram diversos os desafios listados e depois gerenciados que, ao final, a equipe da Skydive4Fun soube planejar tudo, detalhe a detalhe, até a semana do evento. Assim, ao entregar todo o teatro de operações durante os cinco dias de atividades, com os aviões, pilotos, embarcadores, abastecimento e mais alguns colaboradores em terra, sem dúvida o resultado foi digno dos grandes.
De maneira geral o maior de todos os desafios de fato foi planejar todo o “teatro de operações”, mas só vive a vitória quem suporta o processo.
Foi entregue um voo digno de cinema. E agora? Simples: prontos para o próximo!

Planejamento e execução

Nosso Pedrosan relata os bastidores para alcançar a performance máxima dos atletas selecionados O paraquedismo brasileiro sem dúvida alguma atingiu um nível superior no cenário mundial das grandes formações, mesmo sem termos alcançado o objetivo maior de voltarmos aos nossos lares como recordistas.A começar com o óbvio: conseguimos reunir nove aeronaves dedicadas integralmente ao nosso […]

Leia a matéria

Meu lugar seguro

Como a programação neurológica, através de exercícios simples, podem maximizar a força interna de atletas ao trazer calma interna e a certeza de que vai dar tudo certo Eu sou um dos muitos atletas que deixou de registrar os saltos realizados ao longo da carreira, infelizmente. Admiro aqueles que seguem registrando cada salto realizado para […]

Leia a matéria

Equipe, evolução e técnica

A tentativa da quebra de recorde em território nacional foi mais uma página escrita pelo CTRno paraquedismo Latino Americano. O CTR (Clube do TR) foi criado por mim e o Fabio Diniz em 1999 e lideramos a instituição até 2012 com o objetivo de desenvolver e promover o FQL nacional por meio de camps com […]

Leia a matéria

Retomando o skydive 21 anos depois

Parou de saltar há mais de 20 anos com menos de 500 saltos. Retornou no ano passado e conquistou uma vaga no time principal. Silva, Ivam, Bia e o autor, Daniel Em março de 1995, com 20 anos e cursando faculdade, topei com uma faixa promovendo curso de paraquedismo e resolvi encarar o curso ASL em […]

Leia a matéria

Marcas que apoiam o paraquedismo

Federações parceiras